quarta-feira, 16 de maio de 2007

Edema no tecido conjuntivo

Está relacionado com o acúmulo de água no Tecido Conjuntivo.
A pressão hidrostática é a pressão arterial, originada da contração cardíaca. Esta força tende a forçar a saída de água dos capilares. A pressão osmótica tende a atrair água para os capilares por uma diferença de concentração de macromoléculas protéicas, cuja concentração é maior dentro do vaso do que fora dele.
A saída de água ocorre na porção arterial dos vasos, onde a pressão hidrostática vence a pressão osmótica. Já a entrada de água ocorre na porção venosa, onde é a pressão osmótica que vence a hidrostática. A quantidade de água que entra nos vasos, porém, é menor que aquela que saiu. O excesso desta água é então drenada pelos vasos linfáticos, que desembocam nas veias, equilibrando assim a quantidade de água que entra e sai dos capilares.

Um mal funcionamento neste sistema de entrada e saída de água, deixando-se que acumule água no tecido conjuntivo, pode ocasionar um edema, cujas causas principais são:
  • Obstrução dos vasos linfáticos, pois não há como fazer a drenagem do excesso de água.

  • Obstruções venosas ou dificuldade de retorno de sangue venoso pelas veias, como ocorre na insuficiência cardíaca.

  • Alimentação pobre em proteínas, acarretando numa não formação de macromoléculas protéicas e, conseqüentemente, prejuízos com a pressão osmótica.

  • Aumento da permeabilidade da parede capilar, provocando a saída demasiada de água, não havendo capacidade de reabsorvê-la.

Um edema é caracterizado por uma maior separação entre as células e as fibras do TC. Macroscopicamente, trata-se de um aumento de volume no local, que cede facilmente à pressão externa, dando origem a uma depressão que desaparece lentamente.


Inflamação do Teciddo Conjuntivo


Podem ser causadas por agentes químicos (substância ácida), físicos (queimadura) ou biológicos (microorganismos/infecção). A dor e o calor característicos são causados pelos mediadores químicos que atuam no local; já o rubor é resultado do aumento de vascularização.

Há quatro mecanismos básicos de inflamação.

  • Macrófago destrói totalmente o antígeno que atacou o organismo.

  • O antígeno estimula os linfócitos B a se diferenciar em plasmócitos para que produzam anticorpos que neutralizam tal antígeno.

  • Antígeno encontra diretamente o anticorpo e é destruído por ele. Este é o mecanismo mais difícil de acontecer.

  • Ocorre a penetração do antígeno na SFA (substancia fundamental amorfa), seguida da chegada do macrófago no local. O macrófago é capaz de fazer apenas a digestão parcial do antígeno, formando os epitopos (restos de antígenos na superfície celular). Ocorre a apresentação dos antígenos do macrófago aos linfócitos T, para que este produza uma substância chamada Linfocina, que ativam os macrófagos.

Parte destas linfocinas fica no local e parte vai ao sangue, onde dá origem a uma série de eventos:


  1. na medula óssea, estimulam a produção de células do sangue;

  2. fazem a sinalização dos vasos para que as células do sangue entrem no local;

  3. fazem com que fibroblastos produzam mais colágeno para delimitar o processo inflamatório;

  4. .estimulam angiogênese (produção de novos vasos);

  5. estimulam a diferenciação e a formação de células de defesa para aumentar a fagocitose e a produção de mediadores químicos.

Antiinflamatórios atuam na prostaglandina, mediador responsável pela dor.

Tecido Adiposo


As Células adiposas originam-se de lipoblastos, que por sua vez têm origem a partir de células mesenquimatosas. Pode apresentar-se em grupos ou isoladas, mas é certo de que não se dividem. É o depósito de gorduras do corpo. Estas gorduras são os Triglicerídeos (TG), formado por ácido graxo e glicerol e constitui-se num lipídeo de reserva. A gota de gordura ocupa quase todo o volume celular; é por isto que o núcleo das células adiposas é periférico. Possuem glicocálix e vesículas pinocíticas e são inervadas pelo SNA simpático(Sist. Nervoso Autônomo).


Podem ser de 2 tipos:

  • As uniloculares, que formam o tecido adiposo (TA) unilocular, possuem apenas uma gota de gordura em seu citoplasma.

  • As multiloculares formam o TA multilocular ou pardo e possuem várias gotículas de gordura.

O crescimento hiperplásico dos lipoblastos, originado geralmente da superalimentação de um indivíduo quando criança, predispõe-no à obesidade. O sistema capilar, neste caso, aumenta e acaba por sobrecarregar o coração, dando origem a tendências de indisposição cardiovascular.

Funções

  • Termorregulação;

  • Reserva energética;

  • Preenchimento de espaços, como a gordura perirenal;

  • Proteção contra impactos, como os coxins plantares;

  • Modelação do corpo, como a hipoderme. Este fenômeno é controlado por hormônios sexuais e adrenocorticóides.

Metabolismo


Algumas bactérias possuem metabolismo defeituoso. Ainda que oferecido carbono orgânico não conseguem sintetizar todos os compostos. Portanto,só conseguem viver na célula hospedeira. Ex: requitsias.

Fisiologia Bacteriana

O crescimento e divisão celulares necessitam de um ambiente propício comtodos os constituintes químicos e físicos necessários para o seu metabolismo. Essas necessidades específicas são dependentes de informações genéticas para cada espécie bacteriana. Algumas espécies com vasta flexibilidade nutricional, como as Pseudomonas, são capazes de sintetizar muitos de seus metabólitos a partir de precursores simples, enquanto outras espécies são mais exigentes, como as Porphyromonas e Treponemas, que necessitam de nutrientes complexos para o crescimento e reprodução.

Nutrição

A análise das estruturas bacterianas revela que sua arquitetura é formada por diferentes macromoléculas, em particular, proteínas e ácidos nucléicos. Os precursores das macromoléculas podem ser retirados do meio ambiente ou ser sintetizados pelas bactérias a partir de compostos mais simples. A alternativa escolhida vai depender da disponibilidade do composto no meio e da capacidade de síntese do microrganismo.
As substâncias ou elementos retirados do ambiente e usados para construir novos componentes celulares ou para obter energia são chamados nutrientes. Os nutrientes podem ser divididos em duas classes: macronutrientes e micronutrientes. Ambos os tipos são imprescindíveis, mas os primeiros são requeridos em grandes quantidades por serem os principais constituintes dos compostos orgânicos celulares e / ou serem utilizados como combustível.
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Macronutrientes

•Carbono
•Nitrogênio
•Hidrogênio
•Oxigênio
•Fósforo
•Enxofre
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Micronutrientes

•Os elementos ferro, magnésio, manganês, cálcio, zinco, potássio, sódio, cobre, cloro, cobalto, molibdênio, selênio e outros são encontrados sempre na forma inorgânica, fazendo parte de minerais. São necessários ao desenvolvimento microbiano, mas em quantidades variáveis, dependendo do elemento e do microrganismo considerados.
•Os micronutrientes podem atuar de diferentes maneiras, incluindo as seguintes funções principais:
- componentes de proteínas, como o ferro que participa da composição de
várias proteínas enzimáticas ou não, de citocromos, etc.;
- cofatores de enzimas, como o magnésio, potássio, molibdênio, etc.
- Componentes de estruturas, como o cálcio, presente em um dos envoltórios dos esporos;
- Osmorreguladores.
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Fatores de crescimentos


•Os principais fatores são:
•temperatura,
•pH,
•presença de
•oxigênio,
•pressão osmótica e
•luz

Temperatura

As variações quanto ao requerimento térmico permite classificar as bactérias segundo a temperatura ótima para o seu crescimento, em:
• psicrófilas: entre 12 e 17º C
• mesófilas: entre 28 e 37ºC
• termófilas: 57 e 87ºC
Embora grupos excêntricos, que necessitam de altas temperaturas para o seu crescimento, a maioria concentra-se no grupo de mesófilas, principalmente as de interesse médico, veterinário e agronômico.
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pH

Os valores de pH em torno da neutralidade são os mais adequados para absorção de alimentos para a grande maioria das bactérias. Existem, no entanto, grupos adaptados a viver em ambientes ácidos e alcalinos.

Oxigênio

O oxigênio pode ser indispensável, letal ou inócuo para as bactérias, o que permite classificá-las em:
• aeróbias estritas: exigem a presença de oxigênio, como as do gênero Acinetobacter.
• microaerófilas: necessitam de baixos teores de oxigênio, como o Campylobacter jejuni.
•facultativas: apresentam mecanismos que as capacitam a utilizar o oxigênio quando disponível, mas desenvolver-se também em sua ausência. Escherichia coli e vária bactérias entéricas tem esta característica.
•anaeróbias estritas: não toleram o oxigênio. Ex.: Clostridium tetani, bactéria produtora de potente toxina que só se desenvolve em tecidos necrosados carentes de oxigênio.

Exoenzimas

A seletividade da membrana citoplasmática impede que macromoléculas como proteínas, amido, celulose e lipídeos sejam transportadas para o interior da célula.
Para essas moléculas serem utilizadas pelos microrganismos, é necessário cindidas, dando origem a compostos menores, aos quais as membranas são permeáveis.
A quebra das moléculas é promovida por enzimas hidrolíticas, denominadas exoenzimas por atuarem fora da membrana citoplasmática.
As exoenzimas apresentam especificidade pelo substrato, atuando sobre proteínas ou amidos, ou determinados lipídeos, e constituem um fator de virulência, uma vez que podem hidrolisar componentes estruturais de tecidos, conferindo ao microrganismo capacidade invasora e de permanência em outros organismos vivos.
Além de estarem associadas à nutrição dos microrganismos, as exoenzimas podem contribuir para a sua sobrevivência, uma vez que catalisam a hidrólise de substâncias que lhes são tóxicas ou mesmo letais.